Defesa de Sergio Cabral anula três condenações da Lava Jato na 7ª Vara Criminal Federal pelo TRF2 em decisão da última quarta-feira.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, teve três condenações anuladas pela 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), na última quarta-feira (6). As condenações haviam sido proferidas pela 7ª Vara Criminal Federal, sob responsabilidade do juiz Marcelo Bretas, no âmbito da Operação Lava Jato. Cabral, que ficou preso de novembro de 2016 a dezembro de 2022, obteve o direito de prisão domiciliar, mas dois meses depois deixou a prisão domiciliar.

As três sentenças anuladas somam cerca de 40 anos de prisão e estão relacionadas a operações derivadas da Lava Jato, conhecidas como C’est Fini, Ratatouille e Unfair Play. A redistribuição dos processos não significa a inocência de Cabral, nem um reinício do processo do zero. O novo juiz responsável pelo caso poderá utilizar as provas já produzidas nos autos para proferir uma nova sentença.

A decisão do TRF2 em relação à Operação C’est Fini foi de que a Justiça Federal é incompetente para julgar o caso, determinando a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). A operação apura pagamento de propinas ao ex-governador para favorecer a empresa Gelpar em contratos com o governo do Rio de Janeiro.

Já nas operações Ratatouille e Unfair Play, o TRF2 considerou que os casos competem à Justiça Federal, mas que a 7ª Vara Federal Criminal não possui competência para julgar os fatos apurados. O processo da Ratatouille deverá ser redistribuído para uma das varas federais criminais do Rio de Janeiro, enquanto o da Unfair Play 2 aguarda definição sobre a competência da 10ª Vara Federal Criminal.

Sergio Cabral, que governou o estado de 2007 a 2014, não possui condenação em última instância, mas, devido a uma condenação em segunda instância, está impedido de participar de eleições pela Lei da Ficha Limpa. Quanto ao juiz Marcelo Bretas, afastado do cargo devido a investigações por irregularidades, seus advogados negam qualquer conduta inadequada.

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