As pesquisadoras apresentaram o exemplo do Canadá como um caso de sucesso nessa questão, destacando medidas como o comprometimento político com o recorte de gênero no Orçamento do país. Essas ações foram fundamentais para pensar o impacto das políticas públicas não apenas nas mulheres, mas em outros grupos da população, como jovens, idosos e pessoas com diferentes níveis de renda.
A deputada Benedita da Silva, coordenadora da bancada feminina da Câmara, ressaltou a importância do trabalho realizado ao longo dos anos para ampliar os recursos destinados às políticas públicas voltadas para as mulheres no Orçamento federal. Ela enfatizou a necessidade de superar as desigualdades de gênero, especialmente em situações de crises, onde as mulheres e crianças são as mais impactadas.
A procuradora da Mulher da Câmara, deputada Soraya Santos, levantou a questão da representatividade política das mulheres, destacando que mais de mil municípios brasileiros não elegeram vereadoras. Ela sugeriu a mudança do modelo de quotas para garantir a presença efetiva das mulheres nos parlamentos, além de defender uma melhor fiscalização na aplicação dos recursos públicos, beneficiando as políticas voltadas para as mulheres.
Soraya também ressaltou a importância de identificar e quantificar os investimentos diretos na política da mulher em cada ministério, a fim de obter dados claros que possam orientar a resolução dos problemas existentes. A bancada feminina segue em movimento para garantir a igualdade de oportunidades e o fortalecimento das políticas públicas voltadas para as mulheres.
Nesse cenário, a relevância do diálogo com representantes internacionais, como as pesquisadoras da OCDE, fortalece a busca por soluções efetivas e inclusivas para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres em todas as esferas da sociedade. A reunião na Câmara dos Deputados foi mais um passo importante nesse caminho.