Vacinação contra a dengue para jovens de 13 a 14 anos é ampliada no Rio de Janeiro, mas casos e mortes aumentam na cidade.

Na última quinta-feira (7), a cidade do Rio de Janeiro deu início à vacinação contra a dengue para jovens de 13 a 14 anos, ampliando a campanha de imunização que já contemplava a faixa etária de 10 a 14 anos, como determinado pelo Ministério da Saúde. A iniciativa surge em meio a um aumento no número de óbitos causados pela doença, que passou de dois para quatro na cidade, com as últimas vítimas sendo duas mulheres, de 71 e 24 anos, ambas residentes na zona oeste do Rio, região com maior incidência de dengue.

O secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, alertou para a gravidade da situação, ressaltando a importância de procurar atendimento médico ao apresentar os primeiros sintomas da doença, como febre, dor no corpo e atrás dos olhos. Até o momento, 48 mil doses da vacina foram aplicadas desde o início da campanha, que visa imunizar os 345 mil jovens da faixa etária determinada.

A expectativa é vacinar, ainda nesta semana, 90 mil crianças, porém houve uma baixa adesão dos jovens de 10 e 11 anos à vacina, o que é explicado pela novidade do imunizante. O secretário reforça que a vacina é segura e garante proteção vitalícia contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.

A vacina Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, está disponível em todas as 238 unidades de atenção primária do município, além de pontos específicos como o Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, e em Campo Grande, na zona oeste. Menores de idade devem estar acompanhados por um responsável e apresentar documentação, sendo o esquema vacinal composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas. A segurança e eficácia da vacina foram aprovadas pela Anvisa.

No estado do Rio, foram registrados 104,5 mil casos prováveis de dengue e 15 mortes confirmadas. Em 2024, a cidade do Rio contabilizou 52.865 casos da doença, o dobro do registrado em 2023. Diante desse cenário preocupante, é fundamental adotar medidas para prevenir a proliferação do mosquito transmissor, como eliminar possíveis criadouros e adotar medidas de proteção individual, como uso de repelentes e roupas adequadas.

Em meio à pandemia de Covid-19, a luta contra a dengue é mais um desafio para a saúde pública, exigindo o engajamento de toda a sociedade na prevenção e combate à doença. A vacinação em massa dos jovens é uma estratégia importante para reduzir a incidência de casos e proteger a população mais vulnerável ao vírus da dengue.

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