A médica e pesquisadora Margareth Dalcolmo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ressaltou que as mulheres não devem ser tratadas como minoria ou cotas, mas sim como profissionais capacitadas a competir em igualdade de condições. Durante a pandemia de covid-19, o trabalho de diversas pesquisadoras recebeu destaque devido à urgência por novas descobertas para combater a doença.
Margareth Dalcolmo também enfatizou o papel fundamental das mulheres na ciência, citando o grupo de pesquisadoras da USP que desvendou o genoma do vírus em um curto período de tempo. Ela apontou que as mulheres muitas vezes precisam lidar com múltiplas responsabilidades, incluindo o trabalho, a família e os afazeres domésticos.
A disparidade de gênero ainda é evidente em diversas áreas da ciência, como ressaltado pela médica em sua comparação na Academia Nacional de Medicina. Apenas 29 mulheres foram laureadas com o Prêmio Nobel em áreas científicas, em comparação com 738 homens, evidenciando a necessidade de ações para alcançar uma verdadeira igualdade de gênero.
Para apoiar e incentivar a pesquisa científica, prêmios como o “Para Mulheres na Ciência” foram criados, proporcionando oportunidades para pesquisadoras como a bióloga Raquel Neves, da Unirio. Por meio de projetos como o Plasttox, Raquel investiga a contaminação de ecossistemas marinhos por plásticos, buscando contribuir para a preservação desses sistemas.
A paixão e determinação das mulheres na ciência, como destacado por Raquel Neves, são fundamentais para impulsionar as descobertas e a colaboração em prol da conservação ambiental. Os esforços para promover a igualdade de gênero e a diversidade no meio científico são essenciais para garantir um desenvolvimento mais inclusivo e inovador.