De acordo com os dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, Minas Gerais apresenta um coeficiente de incidência de 2.260 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Distrito Federal, com 4.343 casos por 100 mil habitantes. A média nacional é de 660 casos para cada 100 mil habitantes.
Comparando com os números de 2023, o cenário epidemiológico da dengue em Minas Gerais em 2024 é consideravelmente pior. Os 464.223 casos prováveis registrados nas primeiras semanas deste ano já superam os 408.393 casos contabilizados ao longo de todo o ano passado.
Diante desse cenário preocupante, a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais divulgou os resultados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti, indicando que 366 municípios se encontram em situação de alerta e 305 apresentam risco elevado para a transmissão de dengue, Zika e chikungunya.
A gravidade da situação levou Minas Gerais a decretar emergência em saúde pública, a fim de facilitar o acesso a recursos federais e agilizar processos para o combate à doença. Outros estados, como Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo, também adotaram medidas emergenciais devido ao aumento significativo de casos de dengue.
Visando enfrentar esse desafio, o governo mineiro promoverá o Encontro Macrorregional de Enfrentamento das Arboviroses e a Oficina Macrorregional Sobre Manejo Clínico das Arboviroses, visando capacitar profissionais de saúde para lidar com a crescente demanda de casos. A previsão é de que cerca de 500 profissionais de saúde de 103 municípios participem desses eventos, buscando prevenir mortes e agravamentos evitáveis relacionados às arboviroses.
