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PL 191/24 propõe inclusão de honorários advocatícios em dívidas protestáveis, segundo projeto de Rubens Pereira Júnior (PT-MA) em tramitação na Câmara.

Na última terça-feira, dia 11 de março de 2024, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) apresentou o Projeto de Lei 191/24, que propõe a inclusão dos honorários advocatícios entre as dívidas passíveis de protesto em cartório. Esta medida permitiria que advogados registrassem em cartório eventuais pagamentos não recebidos, desde que comprovassem ter tentado sem sucesso receber o dinheiro devido.

O protesto em cartório é uma ação tomada quando uma pessoa ou empresa deixa de pagar um título no prazo estipulado pelo credor. A inclusão dos honorários advocatícios nesta categoria de dívidas passíveis de protesto poderia gerar uma série de restrições financeiras para os devedores, como dificuldades na movimentação de contas correntes e na obtenção de empréstimos ou financiamentos.

Rubens Pereira Júnior justifica a proposta afirmando que é justo que o devedor seja cobrado, respeitando os princípios da confiança e transparência nas relações comerciais. O deputado argumenta que, uma vez que é possível protestar qualquer documento de dívida, também deve ser válido o protesto de contratos de honorários para comprovar o descumprimento da obrigação de pagamento por parte do cliente inadimplente. Segundo ele, esse entendimento tem sido aceito por tribunais em todo o país.

O PL 191/24 seguirá em tramitação com caráter conclusivo e será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. A reportagem sobre o tema foi realizada por Tiago Miranda e a edição ficou a cargo de Natalia Doederlein.

Essa proposta legislativa levanta debates sobre a necessidade de garantir o cumprimento de obrigações financeiras de forma mais efetiva, além de trazer à tona questões sobre os direitos dos advogados em relação à remuneração pelos serviços prestados. Acompanharemos atentamente o desenvolvimento desse projeto no Congresso Nacional e os possíveis impactos que sua aprovação poderá ter no cenário jurídico e financeiro do país.

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