CAE aprova projeto que garante assistência a pessoas com paralisia motora no SUS para doenças neuromusculares; Petrobras é alvo de investigação.

Na última terça-feira (12), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou um projeto de grande importância para pessoas com paralisia motora decorrente de doenças neuromusculares, como distrofias musculares e esclerose lateral amiotrófica (ELA). O projeto, apresentado pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), recebeu voto favorável do relator, o senador Nelsino Trad (PSD-MS), e agora seguirá para análise do Plenário do Senado.

A medida aprovada pela CAE determina que pacientes nessas condições recebam do Sistema Único de Saúde (SUS) medicamentos e equipamentos essenciais para sua sobrevivência, incluindo os necessários para o tratamento de doenças que possam surgir a partir da enfermidade inicial. Entre os exemplos citados estão o ventilador volumétrico e o auxiliar de tosse, utilizados para dificuldades respiratórias.

O texto aprovado prevê que a lista das doenças neuromusculares, medicamentos e equipamentos contemplados será definida em regulamento. Caso esse regulamento não seja elaborado dentro de dois anos, os pacientes terão o direito de receber os produtos indicados por um profissional de saúde competente. Além disso, o projeto autoriza o envio desses itens para as residências dos pacientes ou para os locais onde são acompanhados, assegurando o direito à informação sobre a disponibilidade dos produtos.

Outro ponto importante do projeto aprovado pela CAE é o incentivo à pesquisa na área de doenças neuromusculares. Uma emenda incluída pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) estabelece que o SUS deve dispor de serviços laboratoriais capazes de diagnosticar as doenças abrangidas pelo projeto.

O relator do projeto destacou que o mesmo poderá beneficiar milhares de pacientes e suas famílias. A Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado Federal concluiu que a proposta não gera despesas adicionais, uma vez que os custos dos tratamentos já estão previstos no orçamento do SUS.

Além disso, a CAE aprovou um requerimento do senador Sergio Moro (União-PR) para convidar o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a prestar informações sobre a interferência do Poder Executivo na gestão da empresa em relação à política de retenção do pagamento dos dividendos. Moro destacou a importância de esclarecer tal interferência indevida.

Com essas decisões, a CAE busca garantir assistência aos pacientes com paralisia motora decorrente de doenças neuromusculares, enquanto também fiscaliza a atuação do Executivo em relação à Petrobras. O projeto agora segue para apreciação do Plenário do Senado, onde espera-se contribuir de forma positiva para a saúde e o bem-estar dessas pessoas.

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