Os resultados positivos dos exames estão levando os pacientes a realizar colonoscopias, o que permite identificar e tratar precocemente lesões que podem se tornar câncer no futuro. Até o momento, mais de 170 colonoscopias foram realizadas em Óbidos, sendo diagnosticados dois casos de câncer de intestino e aproximadamente 35% dos pacientes apresentaram pólipos, lesões que foram removidas durante o procedimento.
O presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), Hélio Moreira, ressaltou a importância da prevenção nesse tipo de câncer, destacando que a detecção precoce de lesões pode evitar que se desenvolva a doença. O rastreamento é essencial para identificar e tratar eventuais pólipos, que podem se transformar em câncer ao longo do tempo.
De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil registra um elevado número de casos de câncer colorretal a cada ano, com um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes. Mais de 20 mil pessoas falecem anualmente em decorrência desse tipo de câncer, evidenciando a necessidade de ações preventivas e de conscientização.
Hélio Moreira ressaltou a importância de um programa nacional de rastreamento do câncer de intestino, que poderia reduzir custos com tratamentos e melhorar as chances de cura dos pacientes. Ele enfatizou que mais de 70% dos casos desse tipo de câncer no Brasil são diagnosticados em estágios avançados, o que torna essencial a valorização dos sintomas e a busca por um diagnóstico precoce.
A Campanha Março Azul continua a se expandir por todo o país, promovendo a conscientização sobre a prevenção do câncer de intestino e incentivando a realização de exames preventivos. Através de um estilo de vida saudável, incluindo a prática regular de exercícios físicos, alimentação balanceada e a abstenção de tabagismo e consumo excessivo de álcool, é possível reduzir os riscos dessa grave doença.
