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Prática abusiva: Comissão da Câmara aprova projeto que torna obrigatório fornecimento de nota fiscal aos consumidores.

Na manhã desta quinta-feira, dia 14 de março de 2024, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que pode impactar diretamente a relação entre consumidores e empresas. O texto em questão considera prática abusiva o não fornecimento da nota fiscal ou de qualquer documento similar que comprove a venda ou prestação de serviço.

O projeto aprovado foi um substitutivo apresentado pelo deputado Duarte Jr. (PSB-MA), que propôs alterações no Projeto de Lei 2919/22, de autoria do deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA). Essa mudança no Código de Defesa do Consumidor tem como objetivo garantir mais transparência e proteção aos consumidores, especialmente em um cenário onde as relações de consumo são cada vez mais complexas.

Ao justificar as alterações propostas, Duarte Jr. destacou a importância de proteger os consumidores em questões consideradas básicas e triviais. Segundo ele, em uma economia mais desenvolvida, talvez não fosse necessário tanto envolvimento estatal para assegurar os direitos dos consumidores.

Com a aprovação do substitutivo, a não emissão de nota fiscal ou documento similar passa a ser considerada prática abusiva, podendo inclusive configurar crime contra a ordem tributária, com uma pena que pode chegar a dois a cinco anos de reclusão. Para Márcio Marinho, autor da proposta original, essa mudança é fundamental para garantir que consumidores insatisfeitos tenham respaldo legal ao acionar empresas na justiça.

O projeto seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em tramitação que segue o rito conclusivo. A expectativa é que a proposta seja debatida e votada nas próximas semanas, com possíveis ajustes e emendas durante o processo.

Essa medida pretende fortalecer os direitos dos consumidores, incentivando as empresas a manterem uma postura transparente e ética nas relações comerciais. A fiscalização e a aplicação das penalidades previstas no projeto também são fundamentais para coibir práticas abusivas e proteger a população de possíveis fraudes e irregularidades.

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