Líder indígena e primeira estudante eleita em chapa do DCE falece vítima de acidente após formatura em Direito aos 26 anos

A comunidade indígena e acadêmica está de luto com a trágica morte de Jaqueline Tedesco, líder e ativista kaingang de apenas 26 anos, graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Jaqueline era uma figura de destaque, sendo a primeira estudante indígena a ser eleita para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a primeira a assumir o cargo de coordenadora-geral.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) destacou o engajamento de Jaqueline no movimento indígena, tanto em nível regional quanto nacional. Além disso, ela era uma defensora incansável dos direitos das mulheres, acolhendo e encaminhando vítimas de violência para assistência jurídica na FURG. A jovem também era ativa no movimento estudantil, lutando contra o racismo e reivindicando uma residência específica para estudantes indígenas.

O triste episódio que culminou na morte de Jaqueline ocorreu durante uma comemoração de sua formatura em março, em um restaurante na cidade de Rio Grande, quando a jovem foi vítima de um acidente que resultou em queimaduras em 30% do corpo. Após uma semana internada na UTI da Santa Casa de Rio Grande, Jaqueline não resistiu.

A APIB e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) pedem investigações sobre o caso, para que a morte de Jaqueline não fique impune. A Funai lamentou profundamente a perda da jovem líder e expressou solidariedade aos amigos, familiares e ao povo Kaingang.

A comunidade está chocada e entristecida com a partida precoce de Jaqueline Tedesco, que representava uma voz forte e engajada na luta pelos direitos indígenas e das mulheres. Sua memória e legado de luta e dedicação ficam como inspiração para todos aqueles que acreditam em um mundo mais justo e igualitário.

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