A decisão da maioria dos ministros do STF pela absolvição veio após a Procuradoria-Geral da República (PGR) mudar de posição e opinar a favor do réu. A defesa de Geraldo alegou que ele se encontrava em situação de rua e, após almoçar em um restaurante comunitário, seguiu a multidão em direção ao Congresso, onde foi cercado por vândalos. A defesa afirma que ele não participou de atos violentos.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que não há elementos probatórios suficientes que comprovem a participação de Geraldo nos atos violentos ou na tentativa de tomada do poder e destruição de prédios públicos. O vídeo da prisão do réu mostrou que ele foi agredido por vândalos e acusado de vandalismo, mas as investigações não foram capazes de demonstrar sua participação nos atos de violência.
O julgamento dos réus está sendo realizado no plenário virtual do STF, onde os ministros registram seus votos sem a necessidade de deliberação presencial. Além de Geraldo, outros 14 réus estão sendo julgados, e a maioria dos ministros votou pela condenação, com penas que variam de 11 a 17 anos de prisão.
Os réus foram denunciados pela PGR por cinco crimes, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa. O plenário do STF terá até sexta-feira (15) para finalizar o julgamento dos demais réus envolvidos nos atos de 8 de janeiro do ano passado.