Com o desempenho da sexta-feira, o dólar acumulou um aumento de 0,34% na semana e de 0,5% em março. No ano, a valorização da moeda norte-americana em relação ao real já alcança 2,97%. No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou em queda de 0,74%, atingindo os 126.742 pontos, influenciado pela diminuição no preço internacional do minério de ferro e pelo desempenho negativo de empresas do setor de consumo.
Tanto fatores internos quanto externos contribuíram para a instabilidade no mercado financeiro. Nos Estados Unidos, a inflação ao produtor superou as expectativas e as vendas no varejo registraram um aumento em fevereiro, o que reduz as chances de o Federal Reserve (Fed) iniciar a redução das taxas de juros em junho. No caso do Brasil, dados positivos como o aumento na geração de empregos e o crescimento no setor de serviços em janeiro em comparação com o mesmo período do ano anterior ajudaram a conter a valorização do dólar, mas impactaram negativamente a bolsa de valores.
A perspectiva de aquecimento da economia brasileira aumenta a possibilidade de o Banco Central interromper os cortes na Taxa Selic após a reunião de maio, resultando em uma maior pressão sobre o câmbio e estimulando a migração de investimentos da bolsa para renda fixa. Em meio a esse cenário, investidores e analistas estão atentos às movimentações dos mercados e às decisões das autoridades econômicas.