Dólar fecha acima de R$ 5 em dia de cautela com definições de juros nos EUA e Brasil, enquanto bolsa tem leve alta

Nesta segunda-feira (18), o dólar fechou em alta, ultrapassando a marca de R$ 5 pela primeira vez desde o fim de outubro. O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,026, com uma variação positiva de R$ 0,028 (+0,57%). A cotação chegou a abrir em queda, mas logo se recuperou, atingindo R$ 5,03 no pico do dia, por volta das 12h.

Essa alta representa o nível mais elevado desde o último dia de outubro, quando o dólar fechou em R$ 5,04. No acumulado de março, a moeda apresenta uma valorização de 1,09%, enquanto no ano de 2024 a alta já atinge 3,56%.

Já no mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 fechou o dia em 126.954 pontos, com uma valorização de 0,17%. O cenário foi marcado pela instabilidade, com as ações de mineradoras se recuperando, impulsionadas pelo aumento do preço do minério de ferro no mercado internacional. Por outro lado, as ações de petroleiras e empresas elétricas tiveram desempenho negativo.

A expectativa do mercado gira em torno das decisões sobre as taxas de juros, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. O Federal Reserve (Fed) e o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) têm reuniões programadas para esta semana, onde decidirão sobre as taxas básicas de juros.

No Brasil, espera-se que o Copom anuncie um corte de 0,5 ponto na Taxa Selic. Entretanto, dados recentes indicando uma recuperação da economia brasileira, como a prévia do PIB divulgada pelo Banco Central, aumentaram as especulações de que o BC possa interromper os cortes, o que pode atrair investidores para aplicações de renda fixa em detrimento da bolsa de valores.

Neste cenário de incertezas, a economia global e as decisões de política monetária dos bancos centrais exercem forte influência nos rumos dos mercados financeiros, sendo fundamental acompanhar de perto os desdobramentos dessas questões.

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