Segundo informações divulgadas em nota oficial pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, Guaranho foi demitido por utilizar recursos materiais da repartição em atividades particulares, praticar atos de improbidade administrativa e ter um comportamento incompatível com a conduta esperada de um agente policial, conforme apurado em um Processo Administrativo Disciplinar instaurado na época do crime.
De acordo com a nota oficial, o ministro da Justiça e Segurança Pública considerou a conduta violenta e ofensiva à vida de Guaranho como incompatível com a moralidade administrativa, além de afrontar os valores institucionais da atividade policial. Ressalta-se ainda que o acusado utilizou sua arma profissional para cometer o crime, o que agrava ainda mais a situação.
O caso que culminou na demissão de Guaranho ocorreu durante a comemoração do aniversário de Marcelo Arruda, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT). O policial penal, que não era convidado para a festa, invadiu o local armado declarando sua simpatia pelo então presidente Jair Bolsonaro e disparou contra o petista. Em seguida, Arruda conseguiu reagir e atirar contra Guaranho antes de falecer.
Atualmente, o policial penal encontra-se preso e enfrenta uma acusação de homicídio qualificado por ter matado a tiros o tesoureiro do PT. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) considera que o crime teve motivação política e Guaranho responde por homicídio duplamente qualificado. O julgamento no Tribunal do Júri está marcado para o dia 4 de abril.