Segundo a Secretaria, o impacto do fenômeno El Niño sobre a inflação de alimentos, no etanol e nas tarifas de energia elétrica foi menor do que o inicialmente esperado. Além disso, os reajustes de preços monitorados ficaram abaixo das expectativas, com destaque para licenciamento e emplacamento de veículos e tarifas de energia. A desaceleração da inflação nos serviços também contribuiu para a revisão para baixo da estimativa.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), a projeção de crescimento de 2,2% em 2024 foi mantida, embora a SPE tenha destacado que os dados foram fechados antes da divulgação de informações recentes que indicaram um crescimento acima do esperado no comércio e nos serviços. As estimativas por setor produtivo também sofreram revisões, com queda prevista na agropecuária e aumento no setor de serviços.
As projeções do Boletim Macrofiscal são utilizadas no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado nesta sexta-feira (22). Nesse relatório, são feitas previsões para a execução do Orçamento com base no desempenho das receitas e nas projeções de gastos do governo, levando em consideração o PIB e a inflação. Com base no cumprimento da meta de déficit primário e do limite de gastos do novo arcabouço fiscal, o governo costuma bloquear alguns gastos não obrigatórios.
