Esta falta de energia afetou não só os moradores, mas também instituições importantes, como a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o Hospital Santa Isabel, escolas, faculdades, residências e estabelecimentos comerciais locais. Como resultado, muitas empresas tiveram que interromper suas operações, acarretando em prejuízos significativos. O comerciante Luiz Alberto, por exemplo, teve que realocar seus produtos perecíveis em outras lojas, sofrendo perdas entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, sem receber qualquer informação da Enel sobre a previsão de retorno da energia.
Outros comerciantes, como Gabriela Bonilha, proprietária de uma cafeteria na Vila Buarque, precisaram improvisar para manter seus negócios funcionando durante os apagões. A falta de comunicação por parte da concessionária só agravou a situação, obrigando os empreendedores a tomar medidas emergenciais para minimizar os danos.
A Enel Distribuição São Paulo, em comunicado, informou que 97% dos clientes afetados tiveram o serviço restabelecido até o final da tarde, mas cerca de 600 clientes ainda estavam sem energia devido a problemas em circuitos subterrâneos. A empresa reconheceu os transtornos causados e afirmou estar mobilizando geradores para atender esses consumidores.
Diante da situação recorrente de apagões, o Ministério Público de Contas solicitou ao Tribunal de Contas da União a investigação da eficiência dos serviços prestados pela Enel. Caso sejam encontradas irregularidades, o MP pedirá a extinção da concessão da empresa. Esta situação coloca em evidência a necessidade de mais investimentos na infraestrutura elétrica da cidade, a fim de evitar prejuízos financeiros e transtornos para a população local.