Banco Vermelho em Recife: a iniciativa que coloca em evidência o feminicídio e promove a conscientização na sociedade

Na paisagem de Recife, um banco vermelho tem chamado a atenção de quem passa pelas ruas da cidade. Este banco, que contém um QR code ligado a uma reflexão sobre o feminicídio, faz parte de uma iniciativa que visa conscientizar a sociedade sobre a violência contra as mulheres. A campanha do “Banco Vermelho” foi trazida para o Brasil em 2023 por Andrea Rodrigues e Paula Limongi, duas mulheres que perderam amigas para o feminicídio e decidiram agir de forma concreta em prol da luta contra esse tipo de crime.

A Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher promoveu uma audiência pública para discutir a inclusão do Banco Vermelho na campanha Agosto Lilás, que visa aumentar a conscientização sobre a violência doméstica e intrafamiliar. O Projeto de Lei (PL) 147/2024, de autoria da deputada Maria Arraes, está em tramitação no Senado e busca agregar a iniciativa do Banco Vermelho à luta contra o feminicídio.

A presidente do Instituto Banco Vermelho, Andrea Rodrigues, explicou que a ideia por trás da instalação desses bancos é promover a reflexão e, consequentemente, a ação por parte da população. Segundo ela, o feminicídio é um crime que afeta a todos e, por isso, a presença de um símbolo como o banco vermelho em locais de fácil acesso pode impactar positivamente a sociedade.

Já a diretora-executiva do Instituto Banco Vermelho, Paula Limongi, mencionou a importância de expandir a presença dos bancos vermelhos, principalmente em ambientes educacionais, como escolas públicas e universidades. Ela ressaltou a necessidade de mudar a cultura e a educação desde a primeira infância para alcançar a meta de “feminicídio zero”.

Durante a audiência, a senadora Damares Alves destacou a importância do apoio da sociedade civil e de diversas fontes de recursos para expandir a iniciativa dos bancos vermelhos pelo país. Ela enfatizou que o combate à violência contra a mulher deve ser uma pauta plural e unir diferentes espectros políticos e ideológicos.

A deputada Maria Arraes, responsável por transformar a campanha do Banco Vermelho em um projeto de lei, ressaltou a relevância da informação e do conhecimento na luta contra a violência de gênero. Ela pediu celeridade na tramitação do projeto para que ele possa ser aprovado antes do mês de agosto e integrado às ações do Agosto Lilás.

No final da audiência, as participantes se dirigiram ao Plenário do Senado e tiveram a oportunidade de posar para fotos com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que demonstrou apoio à campanha do Banco Vermelho. A união de esforços dos poderes públicos e da sociedade civil é essencial para que iniciativas como essa tenham sucesso e impacto real na conscientização e combate ao feminicídio.

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