Além disso, o dia 12 de novembro foi oficialmente declarado como o Dia Municipal do Maracatu de Baque Solto. Essa decisão ressalta a relevância cultural e religiosa dessas manifestações tão emblemáticas para a região.
Mestre Manoelzinho Salustiano, reconhecido como doutor honoris causa e notório saber em cultura popular pela Universidade de Pernambuco, enfatizou a importância do título e da data comemorativa para o maracatu do baque solto. Ele destacou a luta de seu pai, Mestre Salustiano, que foi fundamental para o surgimento e crescimento da Associação dos Maracatus de Baque Solto, a qual hoje conta com 120 CNPJs e 100 maracatus ativos no estado de Pernambuco.
O maracatu de baque solto, também conhecido como maracatu rural, tem suas origens nas senzalas dos engenhos de cana-de-açúcar e nos terreiros religiosos da região da Mata Norte de Pernambuco. Já o maracatu de baque virado, ou maracatu nação, destaca-se pela união de música, ancestralidade e religiosidade que permeiam diversas manifestações culturais brasileiras.
A ciranda, que também é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan, desde agosto de 2021, tem sua presença marcante em diversos municípios pernambucanos e ganhou destaque em todo o estado a partir dos anos 1960. A manifestação é marcada pela dança, música e canto, com os cirandeiros reunidos em uma roda onde instrumentos de percussão, como o ganzá, o bombo e a caixa, dão o ritmo à celebração.
Esses reconhecimentos reforçam a riqueza cultural e a importância histórica dessas manifestações para a identidade do povo pernambucano, mantendo viva a tradição e o legado cultural desses patrimônios artísticos e culturais imateriais.