Conselheiro do TCE Rio é preso: Infiltrado do PSOL revela informações sobre Marielle Franco, aponta depoimento de Ronnie Lessa

Na manhã de hoje, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, foi preso pela Polícia Federal, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Em depoimento de delação premiada, o ex-policial militar Ronnie Lessa revelou que Brazão teria colocado um homem infiltrado no Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) com o objetivo de obter informações sobre a vereadora.

Segundo Lessa, o homem infiltrado, identificado como Laerte Silva de Lima e acusado de pertencer a uma milícia no Rio de Janeiro, teria se filiado ao PSOL em 2016, apenas 20 dias após as eleições. De acordo com o relatório final da investigação da Polícia Federal, os irmãos Brazão foram apontados como os mandantes do assassinato de Marielle Franco.

O depoimento de Lessa ainda revelou que Brazão teria afirmado que Laerte teria descoberto que Marielle estava orientando a população a não aderir a novos loteamentos em áreas dominadas por milícias. A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do PSOL no Rio de Janeiro para obter uma manifestação sobre o ocorrido.

Além disso, o relatório da Polícia Federal também menciona que Ronnie Lessa, que confessou ser o executor de Marielle, monitorou outros políticos do PSOL. O ex-policial teria utilizado um site de consultas cadastrais disponível na internet para obter informações sobre a filha do ex-vereador Marcelo Freixo e sobre o deputado Chico Alencar.

Segundo os investigadores, essas novas evidências corroboram as declarações de Ronnie Lessa sobre o interesse dos Brazão em membros do PSOL, indicando que o monitoramento dos políticos do partido era uma demanda antiga. A investigação segue em andamento para elucidar todos os detalhes envolvendo o assassinato da vereadora Marielle Franco e a participação de Domingos Brazão e seu irmão no crime.

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