A análise da ordem de prisão acontece de forma virtual, com votos depositados sem a necessidade de deliberação presencial. A sessão iniciou nas primeiras horas da segunda-feira e tem previsão de encerramento até a meia-noite. Apenas o ministro Luiz Fux não manifestou sua posição até o momento. Até agora, apenas o ministro Flávio Dino apresentou um voto por escrito, justificando as prisões preventivas pela existência de um “ecossistema criminoso” dentro do Poder Público.
Os suspeitos, irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, foram detidos na Operação Murder Inc pela Polícia Federal, e levados para Brasília. Chiquinho Brazão, que é deputado federal, terá sua prisão avaliada pelo plenário da Câmara dos Deputados. A principal motivação do crime, segundo investigações da Polícia Federal, envolve a disputa pela regularização de territórios no Rio de Janeiro.
Durante uma coletiva de imprensa, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as investigações policiais levaram ao esclarecimento completo sobre os mandantes, executores e intermediários dos assassinatos de Marielle e Anderson. Os dois foram mortos a tiros em março de 2018, enquanto se deslocavam de carro após uma agenda de trabalho. A data da sessão para apreciação da prisão de Chiquinho Brazão ainda não foi anunciada, mas está prevista para ocorrer nos próximos dias.