Manutenção integral do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos é defendida por parlamentares e empresários durante comissão geral na Câmara dos Deputados

Parlamentares e empresários se uniram em defesa da manutenção integral do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), durante uma comissão geral realizada no Plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (27). Este programa, que está com o fim previsto em duas medidas provisórias enviadas pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional, tem sido alvo de críticas desde sua criação em dezembro.

Após uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e líderes partidários, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concordou em enviar ao Legislativo um projeto de lei para criar uma versão mais enxuta do programa. Essa decisão veio como resposta à pressão de diversos setores que sofrem com a crise causada pela pandemia, como o turismo e eventos.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Manuel Linhares, destacou que o fim do Perse traria insegurança jurídica e questionou a decisão de cortar recursos de um setor que ainda se recupera da pior crise da história. Paulo Litro, deputado e presidente da Comissão de Turismo da Câmara, enfatizou a importância do programa, que ajudou a manter 10 milhões de empregos com carteira assinada.

Gilson Daniel, presidente da Frente Parlamentar Mista da Hotelaria Brasileira, ressaltou a necessidade do Perse para a recuperação de setores relevantes no PIB. Criado em 2021, o programa visava desonerar tributos sobre eventos, hotéis e turismo, mas sua continuidade foi questionada devido à renúncia fiscal gerada.

A Fazenda estimava uma renúncia fiscal de R$ 4,4 bilhões, mas os dados indicam que esse valor pode ter chegado a entre R$ 17 bilhões e R$ 32 bilhões em 2023. O presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas, Murilo Pascoal, defendeu a fiscalização do programa, ao invés de sua limitação.

Na comissão geral, os deputados presentes criticaram a postura do governo em relação ao Perse, sendo evidente a importância e a luta pela manutenção desse programa que tem sido crucial para a recuperação de diversos setores prejudicados pela pandemia. Este debate demonstra a relevância e a urgência em se encontrar soluções para garantir o apoio necessário a essas áreas.

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