A superintendente de Políticas para as Mulheres da Semudh, Elida Miranda, ressaltou a relevância do encontro, que reuniu servidoras e servidores de diversos municípios, órgãos estaduais e coletivos feministas da sociedade civil. O curso proporcionou uma rica troca de conhecimentos, abordando não apenas o combate à violência contra as mulheres, mas também questões sociais mais amplas.
A palestra de abertura ficou por conta da tenente-coronel Márcia Danielli, coordenadora da Patrulha Maria da Penha (PMP), que explicou o funcionamento do programa no Estado. Vale ressaltar que, desde a implementação da PMP, nenhuma das mulheres assistidas pelo programa se tornou vítima de feminicídio.
Além disso, Manuela Lourenço, superintendente de Políticas para a Igualdade Racial da Semudh, abordou as necessidades específicas das mulheres negras, que são as mais afetadas pela violência de gênero. Dados mostram que 79,5% das mulheres atendidas pelo Centro Especializado de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (Ceam) se autodeclararam pretas ou pardas.
O evento também incluiu uma discussão sobre a atuação profissional adequada no atendimento a mulheres lésbicas, bissexuais, transsexuais e travestis, conduzida pela assessora técnica da Gerência de Articulação, Execução e Monitoramento de Políticas LGBT da Semudh, Maria Alcina Freitas.
Essa iniciativa evidencia o compromisso do poder público em capacitar profissionais para lidar de forma empática e eficaz com a questão da violência de gênero, garantindo o respeito aos direitos humanos e a proteção das mulheres vulneráveis.