Lula e Macron condenam impedimento de candidatura na Venezuela e pedem mais transparência nas eleições presidenciais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, expressou surpresa com o impedimento do registro da candidatura de Corina Yoris nas eleições presidenciais da Venezuela. O pronunciamento aconteceu após uma reunião bilateral no Palácio do Planalto, onde Macron estava em visita de Estado ao Brasil.

Lula destacou que ficou surpreso com a decisão de não permitir o registro da candidatura de Corina Yoris, ressaltando que a situação é grave, visto que a candidata não foi proibida pela Justiça, mas sim enfrentou dificuldades técnicas ao tentar registrar sua candidatura. O presidente relembrou sua própria experiência de ter sido impedido de concorrer às eleições no Brasil em 2018, devido a sua condenação e prisão na época, decorrentes da Operação Lava Jato.

A manifestação de Lula veio em meio a preocupações do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil em relação ao processo eleitoral na Venezuela. O governo brasileiro havia expressado preocupação através de uma nota à imprensa divulgada anteriormente, sendo essa a manifestação mais contundente até o momento sobre as eleições na Venezuela.

Na coletiva de imprensa, Lula ainda mencionou uma recente reunião com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na Cúpula da Comunidade do Caribe (Caricom), na Guiana, onde ressaltou a importância de garantir eleições mais democráticas na Venezuela. Macron, por sua vez, também condenou o impedimento da candidatura opositora na Venezuela, endossando as palavras de Lula e ressaltando a necessidade de esforços para convencer Maduro e o sistema venezuelano a reintegrarem todos os candidatos, com observadores regionais e internacionais nas eleições.

Portanto, a situação na Venezuela, especialmente em relação ao processo eleitoral e ao impedimento de candidaturas opositoras, tem despertado preocupações e gerado reações de líderes internacionais, como os presidentes do Brasil e da França. A expectativa é de que haja esforços para buscar uma solução e garantir um processo eleitoral mais democrático e inclusivo no país vizinho.

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