Ministério Público Eleitoral defende cassação do senador Sergio Moro por abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou sua defesa para a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR) durante a sessão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná realizada nesta segunda-feira (1º). A manifestação foi feita pelo procurador Marcelo Godoy, que destacou os dois processos em que o PT e o PL acusam Moro de abuso de poder econômico por supostos gastos irregulares durante a pré-campanha de 2022.

Em sua fala, o procurador ressaltou que em 2021, quando Moro ainda estava no Podemos, ele realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República, sendo acusado de gerar uma “desvantagem ilícita” em relação aos demais concorrentes ao Senado devido aos altos investimentos realizados antes de se candidatar pelo partido União. Os gastos de cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário com o evento de filiação, produção de vídeos e consultorias eleitorais foram citados na acusação.

Godoy reiterou seu parecer favorável à cassação, publicado em dezembro passado, enfatizando o “benefício pessoal” de Moro em parte dos gastos realizados. Ele declarou que a procuradoria se manifesta pela procedência parcial dos pedidos, reconhecendo o abuso de poder econômico e solicitando a cassação da chapa eleita, além da inelegibilidade do senador Moro e seu primeiro-suplente, Luiz Felipe Cunha.

O julgamento continuou com o voto do relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, e está previsto para contar com a participação de mais seis magistrados. Caso não seja concluído no dia de hoje, o TRE agendou mais duas sessões para os dias 3 e 8 de abril, visando a conclusão do julgamento. A decisão sobre a cassação do mandato do senador Sergio Moro está cercada de expectativas e promete movimentar o cenário político nas próximas semanas.

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