Ícone do site Pauta Capital

Investigações não encontram indícios de corrupção na fuga de detentos de penitenciária federal em Mossoró, diz relatório ministerial.

Após intensas investigações que duraram cerca de um mês e meio, a corregedoria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulgou seu relatório sobre a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal em Mossoró (RN). Segundo a corregedora-geral Marlene Rosa, embora tenham sido identificadas falhas nos procedimentos de segurança da unidade, não foram encontradas provas de corrupção por parte dos servidores.

O relatório indicou que dez servidores estão sendo alvo de três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) para aprofundar as investigações a respeito das falhas encontradas. Além disso, outros 17 servidores deverão assinar Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a seguir uma série de medidas, como realizar cursos de reciclagem e evitar reincidir nas mesmas infrações.

A corregedora determinou ainda a abertura de uma nova investigação preliminar sumária para continuar as apurações sobre as causas da fuga, especialmente focando nos problemas estruturais da unidade federal. O relatório completo não será divulgado para não prejudicar as investigações em andamento e os procedimentos correcionais em curso.

A fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que ocorreu em 14 de fevereiro deste ano, foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde a criação do mesmo em 2006. Os presos teriam utilizado ferramentas encontradas dentro da penitenciária, durante uma reforma interna, para abrir o buraco por onde conseguiram escapar de suas celas individuais.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva chegou a sugerir que os detentos possam ter recebido auxílio de alguém dentro da unidade de segurança máxima, porém a hipótese de corrupção foi rechaçada por policiais penais federais. A Federação Nacional dos Policiais Penais Federais (Fenappf) garantiu que, caso seja constatado o envolvimento de algum policial penal federal, medidas serão tomadas sem qualquer tipo de corporativismo. A entidade enfatizou que os foragidos não contavam com apoio externo, o que sugere que não houve um planejamento prévio, apenas uma oportunidade que foi aproveitada com sucesso.

Sair da versão mobile