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Presidente do Congresso Nacional exclui reoneração da folha de pagamento dos municípios brasileiros da medida provisória – decisão em respeito à separação dos Poderes.

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tomou uma decisão significativa nesta segunda-feira (1º) ao prorrogar os efeitos da Medida Provisória (MP) 1.202/2023 por mais 60 dias, excluindo a reoneração da folha de pagamento dos municípios brasileiros. A MP originalmente propunha aumentar a alíquota de contribuição previdenciária sobre as folhas de pagamento de 8% para 20% para os municípios com até 156 mil habitantes, além de acabar com os incentivos tributários do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

Rodrigo Pacheco defendeu sua decisão destacando o princípio da separação dos Poderes da República, alegando que o poder de editar medidas provisórias não deve anular uma decisão tomada pelo Poder Legislativo. Segundo o presidente do Congresso, a MP em questão estaria em conflito com esse princípio.

A MP provocou atritos com o Legislativo, uma vez que o Congresso Nacional havia recentemente derrubado o veto presidencial que barrava a desoneração dos impostos para os municípios e os 17 setores econômicos. O governo, por sua vez, alegava que a reoneração era necessária para cumprir a meta de déficit fiscal zero prevista para 2024.

A exclusão da reoneração dos municípios brasileiros da MP gerou debates sobre a forma como mudanças tributárias devem ser implementadas. Rodrigo Pacheco ressaltou que a discussão sobre esse tema deve ocorrer por meio de um projeto de lei, que garante mais previsibilidade e segurança jurídica, ao contrário das medidas provisórias, que têm efeitos imediatos.

Diante desse cenário, o presidente do Congresso se mostrou aberto a discutir rapidamente o assunto e encontrar o melhor modelo para o país. Contudo, reforçou a importância de seguir os trâmites legislativos adequados para garantir a estabilidade legal e a equidade para todos os envolvidos.

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