Vacinação contra HPV no Brasil passa a ser em dose única, anuncia Ministra da Saúde, protegendo contra câncer de colo de útero.

A partir de agora, a vacinação contra o HPV no Brasil será feita em dose única, conforme anunciado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na noite de segunda-feira. Anteriormente, o país utilizava um esquema de duas doses para combater essa infecção, que é a principal causadora do câncer de colo de útero.

A decisão de adotar a dose única foi respaldada por estudos científicos e seguiu a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A ministra enfatizou a importância de proteger a população, especialmente as crianças e jovens, contra os riscos causados pelo vírus HPV, que pode levar ao desenvolvimento de diferentes tipos de doenças e de câncer, como o câncer de colo de útero.

Nísia Trindade também destacou a necessidade de realizar uma busca ativa por jovens com até 19 anos que ainda não receberam nenhuma dose da vacina. No ano de 2023, foram aplicadas 5,6 milhões de doses do imunizante, representando um aumento de 42% em relação ao ano anterior.

Atualmente, a imunização contra o HPV no Brasil é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos, pessoas que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.

Além da vacinação, outras medidas foram adotadas para o combate ao HPV, como a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste inovador para a detecção do vírus em mulheres. Essa tecnologia permite o rastreamento do câncer de colo de útero de forma mais eficiente, sendo necessária apenas a realização a cada cinco anos, em comparação com o atual exame de Papanicolau, que é feito a cada três anos.

O HPV é considerado a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal agente causador do câncer de colo de útero. Estima-se que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com essa doença no Brasil anualmente, ressaltando a importância da vacinação e da prevenção para combater essa enfermidade, que ainda é uma das principais causas de morte por câncer em mulheres, especialmente aquelas de grupos mais vulneráveis.

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