Segundo informações dos investigadores, os suspeitos utilizaram técnicas avançadas de hackeamento para criar um site falso, com o objetivo de roubar credenciais de acesso. A partir disso, induziram um servidor da prefeitura de Telêmaco Borba a fornecer suas informações de login e senha, que foram posteriormente utilizadas para acessar o sistema GovConta do município.
Após clonarem o perfil do servidor em um aplicativo de mensagens, os criminosos conseguiram contatar o gerente da Caixa, obtendo autorização para transferir valores para empresas de fachada, sob o pretexto de serem fornecedoras da prefeitura. Mais de R$ 6 milhões foram desviados e distribuídos em diferentes contas bancárias, antes de serem convertidos em criptomoedas.
A estrutura complexa utilizada pelos suspeitos dificultou a rastreabilidade dos recursos desviados, com pelo menos quatro camadas de beneficiários envolvidos no esquema. Alguns dos integrantes da organização criminosa teriam utilizado os valores para adquirir bens de luxo e realizar viagens caras.
Caso sejam condenados, os envolvidos nos crimes de furto qualificado mediante fraude, invasão de dispositivo informático, lavagem de capitais e organização criminosa podem cumprir pena de até 30 anos de prisão. A Polícia Federal segue com as investigações para identificar todos os membros do grupo e garantir a punição dos responsáveis por essas ações criminosas.