O destaque fica para o desempenho da indústria extrativa, que apresentou um crescimento de 6,1%, superando a indústria de transformação, que registrou um aumento de 4,0%. Essa tendência já vinha se mostrando ao longo do ano de 2023, segundo a análise dos técnicos da Fiesp.
A recuperação da indústria de transformação foi espalhada de forma gradual, iniciando com bens de consumo duráveis, que tiveram um crescimento de 5,2%, seguido por bens intermediários (4,8%), bens de consumo semi e não duráveis (5,2%) e bens de capital (3,6%). Esses dados foram gerados a partir da comparação entre janeiro e fevereiro de 2023, considerando as séries originais.
Um fator que tende a impulsionar a produção industrial nos próximos meses é a queda da taxa de juros, que pode estimular a expansão da massa salarial e impactar positivamente o setor. A Fiesp projeta um aumento de 2,2% na produção industrial em 2024, embora os resultados do primeiro trimestre tenham apresentado um leve recuo de 0,3% em relação aos dados ajustados sazonalmente.
Em termos de comparação anual, fevereiro de 2023 registrou um crescimento de 5,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No entanto, o setor ainda se encontra defasado em 1,1% em relação aos níveis pré-pandemia de fevereiro de 2020.
No último mês, os setores de veículos automotores, reboques e carrocerias e de celulose, papel e produtos de papel foram os que mais contribuíram positivamente para a produção industrial, enquanto produtos químicos, indústrias extrativas e produtos farmoquímicos e farmacêuticos apresentaram influências negativas significativas.