Na segunda-feira, o relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, defendeu a rejeição das ações movidas pelo PT, PL e Ministério Público Eleitoral, que acusam o senador de abuso de poder econômico devido a gastos irregulares durante o período de pré-campanha nas eleições passadas.
Hoje, estão previstos os votos de outros desembargadores, incluindo José Rodrigo Sade, Claudia Cristina Cristofani, Julio Jacob Junior, Anderson Ricardo Fogaça, Guilherme Frederico Hernandes Denz e o presidente do tribunal, Sigurd Roberto Bengtsson. A expectativa é que esses votos possam mudar o rumo do julgamento e influenciar o resultado final.
As acusações contra Moro envolvem a realização de atos de pré-campanha à Presidência da República em 2021, quando ele ainda estava filiado ao Podemos. Alega-se que gastos considerados irregulares foram realizados em favor de sua candidatura ao Senado pelo partido União, com suspeitas de uso indevido de recursos do Fundo Partidário.
O Ministério Público aponta para gastos de aproximadamente R$2 milhões relacionados à filiação de Moro ao Podemos e à produção de vídeos promocionais, além de consultorias eleitorais. O PL e o PT também apresentaram valores significativos de supostos gastos irregulares, totalizando R$7 milhões e R$21 milhões, respectivamente.
Na primeira audiência, a defesa do senador Sergio Moro reiterou a inocência de seu cliente e argumentou em defesa da manutenção de seu mandato, negando qualquer irregularidade durante a pré-campanha. O desfecho desse julgamento pode ter impactos significativos na política brasileira e chamar a atenção de todo o país.