Segundo as diretrizes da Sesau, o fumacê é utilizado em municípios onde ocorrem óbitos suspeitos por dengue ou outras arboviroses, e quando há um aumento significativo nos casos suspeitos nas últimas quatro semanas, com uma incidência a partir de 300/100.000 habitantes. Além disso, o Índice de Infestação Predial (IIP) do Aedes aegypti precisa ser igual ou superior a 3%, e deve ter sido realizada atividade de bloqueio de transmissão nas áreas afetadas nas últimas quatro semanas.
O supervisor de Endemias da Sesau, Paulo Protásio, explicou que a aplicação do fumacê ocorre principalmente no final de tarde e início da noite, até às 21h, e também pode ser realizada a partir das 5h, se estendendo até no máximo às 8h. Durante esse período, a população é orientada a abrir as portas para que as fêmeas do Aedes aegypti, infectadas no ambiente, sejam atingidas pelo inseticida.
Até o momento, a Sesau realizou a nebulização em diversos municípios de Alagoas, como São José da Laje, Marechal Deodoro, Santana do Mundaú, Maragogi e Atalaia. Essas ações foram motivadas pelo aumento de casos notificados e, em alguns casos, pela ocorrência de óbitos confirmados por dengue.
É importante ressaltar que, apesar do uso do fumacê, a maioria dos focos do mosquito Aedes aegypti está dentro dos domicílios, em recipientes que acumulam água para uso doméstico. Por isso, medidas preventivas como manter caixas d’água fechadas, limpar calhas, não acumular entulhos e sucata e manter os pneus em locais cobertos são fundamentais para combater a proliferação do mosquito.
Diante desse cenário, a conscientização e ação de cada morador são essenciais para evitar a propagação da dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A colaboração de todos é fundamental para garantir a saúde e bem-estar da população.