Aumento de casos de Vírus Sincicial Respiratório e Influenza preocupa autoridades de saúde no Brasil e exige medidas preventivas

Os casos de vírus sincicial respiratório (VSR) e de influenza têm aumentado no Brasil nas últimas semanas, apresentando sintomas semelhantes, mas com particularidades que ajudam na distinção entre essas enfermidades. O VSR acomete principalmente bebês pequenos nos primeiros meses de vida, com a bronquiolite sendo uma manifestação clássica que pode evoluir para complicações respiratórias graves.

Por outro lado, o vírus da influenza, que geralmente afeta crianças maiores, adolescentes e adultos jovens, causa sintomas como febre súbita, dores no corpo, dor de garganta, tosse e coriza. Nas faixas etárias mais avançadas, tanto o VSR quanto a influenza podem representar desafios de diagnóstico em idosos.

De acordo com o presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Marco Aurélio Sáfadi, o VSR é responsável por um grande número de hospitalizações de bebês devido a bronquiolites e pneumonias. No entanto, o vírus da influenza e o Sars-Cov-2, causador da covid-19, predominam entre crianças maiores, adolescentes e adultos.

Para reduzir o impacto dessas doenças, a Anvisa aprovou duas estratégias: a vacinação da gestante para proteger o bebê ainda no útero e um medicamento com anticorpo monoclonal aplicado nos recém-nascidos para prevenir formas graves do VSR. Essas práticas já são adotadas em alguns países, com resultados positivos na redução das taxas de hospitalização.

O doutor Sáfadi enfatizou a importância da introdução dessas estratégias no Brasil para proteção das crianças contra o VSR. Destacou que a eficácia já comprovada dos métodos depende da iniciativa, disponibilidade de doses, custos e apoio do Ministério da Saúde. A expectativa é que a implementação dessas novidades contribua significativamente para a prevenção e tratamento dessas doenças virais no país.

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