Segundo o conselheiro técnico da Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (Astral), uma das principais oportunidades da TV 3.0 é a possibilidade de ampliar a informação para o telespectador, principalmente para as redes de televisão legislativa. Neiva explicou que a nova tecnologia permitirá telas interativas, possibilitando ao cidadão visualizar a pauta do Plenário, acompanhar discussões previstas, votações e até mesmo interagir com os deputados presentes.
Além disso, Neiva defendeu a concessão de um canal único nacional para a Rede Legislativa de televisão, o que possibilitaria a criação de novas estações de TV em todo o país. A diretora-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Maíra Bitencourt, também destacou a oportunidade de comunicação segmentada oferecida pela TV 3.0, atendendo à demanda por notícias locais dos telespectadores.
No entanto, um dos principais desafios apontados pelos representantes das emissoras de televisão pública é o financiamento das inovações tecnológicas necessárias para a adoção do novo sistema de TV. Neiva ressaltou a necessidade de desenvolver aplicativos para as emissoras públicas, trocar equipamentos de transmissão e recepção do sinal de TV, e criar uma infraestrutura de internet capaz de suportar a demanda gerada pela TV 3.0.
Com a previsão de início da transição para a TV 3.0 a partir do próximo ano, as emissoras de televisão pública terão desafios e oportunidades para se adaptar a essa nova tecnologia e oferecer conteúdo de qualidade e interativo aos telespectadores.