De acordo com a Sesau, o fumacê só deve ser utilizado em municípios que apresentem casos de óbitos suspeitos por dengue ou outras arboviroses, elevação dos casos suspeitos nas últimas quatro semanas, incidência a partir de 300/100.000 habitantes, Índice de Infestação Predial (IIP) do Aedes aegypti igual ou superior a 3%, e atividade de bloqueio de transmissão nas áreas afetadas. O uso indiscriminado do fumacê pode causar danos à saúde e ao ecossistema, por isso a Sesau destaca a importância de seguir os critérios estabelecidos.
Paulo Protásio, supervisor de Endemias da Sesau, explica que as atividades do carro fumacê ocorrem no final da tarde e início da noite, até às 21h. Em casos específicos, também podem ser realizadas a partir das 5h e se estender até às 8h. Protásio ressalta que a ação é fundamental para atingir as fêmeas do Aedes aegypti, infectadas no ambiente, e garantir a eficácia do inseticida utilizado.
Além do trabalho realizado pelos agentes de controle de endemias dos municípios, a população também é fundamental na prevenção da proliferação do mosquito. Medidas simples, como evitar o acúmulo de água em recipientes, manter caixas d’água fechadas, limpar calhas e não acumular entulhos, são essenciais para combater o Aedes aegypti. O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destaca a importância da atuação conjunta entre governo e população para enfrentar a dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito.
Diante do aumento de casos de dengue em todo o país, a Sesau está se adiantando e promovendo ações educativas e preventivas em Alagoas. A capacitação dos técnicos municipais, ações educativas junto à população e o trabalho de campo dos agentes de endemias são essenciais para controlar a proliferação do Aedes aegypti. O uso do fumacê é uma medida específica e deve ser adotada apenas em casos determinados, sendo a busca ativa domiciliar dos focos do mosquito ainda a forma mais eficaz de prevenção.
