O curso ocorreu na sede da Escola do Governo, localizada no bairro Centro, em Maceió, e reuniu profissionais de diversos hospitais. A iniciativa teve como objetivo tornar os médicos aptos e habilitados para a realização do diagnóstico, aplicação do procedimento e conclusão sobre a potencial doação de órgãos por parte do paciente.
Atualmente, Alagoas possui 522 pacientes na fila de espera por um órgão, sendo a maioria aguardando por córneas. O diagnóstico de morte encefálica é um dos principais aspectos para a realização de transplantes, sendo imprescindível para a doação de órgãos. Desde 2017, apenas médicos devidamente capacitados podem realizar esse diagnóstico, de acordo com a Resolução 2.173 do Conselho Federal de Medicina (CFM).
A coordenadora da Central Estadual de Transplante de Alagoas, Daniela Ramos, destacou a importância do curso para a correta realização do protocolo de diagnóstico. O instrutor da Capacitação de Determinação de Morte Encefálica, Tiago Maciel, explicou que, após a confirmação do diagnóstico, uma equipe multidisciplinar acolhe os familiares do paciente e informa sobre a possibilidade da doação.
Além disso, a responsável pelo Núcleo de Educação Permanente da Central de Transplantes, Claudete Balzan, ressaltou a necessidade de capacitar cada vez mais profissionais, não apenas em termos técnicos, mas também em relação à educação continuada da sociedade. O objetivo é aumentar o número de notificações e doações de órgãos, contribuindo assim para salvar mais vidas através dos transplantes.
Portanto, o curso realizado pela Central de Transplantes de Alagoas representa um importante avanço na preparação dos profissionais de saúde para a determinação de morte encefálica e a consequente possibilidade de doação de órgãos, salvando vidas e promovendo a saúde da população do estado.