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Brasil atinge maior proporção de médicos por habitante, com 575.930 profissionais ativos, segundo Demografia Médica 2024 do CFM.

O Brasil alcançou um marco histórico em relação ao número de médicos ativos no país, com um total de 575.930 profissionais em atividade, resultando em uma proporção de 2,81 médicos por mil habitantes, a maior já registrada. Os dados foram divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) na Demografia Médica 2024. Esse crescimento expressivo no contingente de médicos se deu especialmente nas últimas décadas, com um aumento de mais de quatro vezes desde a década de 1990, contrastando com o crescimento da população brasileira, que foi de 42% no mesmo período.

O CFM aponta que a expansão do ensino médico, aliada à crescente demanda por serviços de saúde, impulsionou esse crescimento no número de médicos no país. Atualmente, o Brasil possui 389 escolas médicas, o que representa o segundo maior número no mundo, atrás apenas da Índia. No entanto, o CFM expressa preocupação com a velocidade de abertura de novas escolas médicas e o aumento de vagas em instituições já existentes, ressaltando a importância de formar médicos de qualidade e ética para atender à população de forma adequada.

Apesar do aumento significativo no número de médicos, o CFM ressalta a existência de desigualdades na distribuição desses profissionais pelo país. Muitos médicos optam por se fixar nos estados do Sul e Sudeste, assim como nas capitais, devido às melhores condições de trabalho. Como resultado, regiões como o Norte e Nordeste enfrentam falta de investimentos em saúde e escassez de profissionais, prejudicando o acesso da população aos serviços de saúde.

Além disso, a Demografia Médica aponta diferenças de gênero no perfil dos médicos brasileiros, com uma tendência crescente de mulheres na profissão, principalmente entre os mais jovens. A idade média dos médicos em atividade é de 44,6 anos, com diferenças significativas entre homens e mulheres.

A distribuição desigual de médicos pelo país também é evidenciada no estudo, com o Sudeste apresentando a maior densidade de profissionais e o Norte exibindo a menor. A falta de uma política de fixação dos profissionais nas regiões menos atendidas contribui para a manutenção das desigualdades no acesso aos serviços de saúde.

Portanto, apesar do aumento no número de médicos no Brasil, é fundamental garantir uma distribuição equitativa desses profissionais e investir na formação contínua e qualificada para atender às demandas da população de forma eficiente e ética.

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