Os professores reivindicam um reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais ao longo dos anos 2024, 2025 e 2026. Em contrapartida, o governo federal propôs um reajuste zero para o atual ano, seguido por dois reajustes de 4,5% nos anos seguintes. Além do aumento salarial, os docentes clamam pela equiparação dos benefícios e auxílios com os dos servidores do Legislativo e do Judiciário.
A Seção Sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) assegurou que os serviços essenciais serão mantidos durante a greve. Para coordenar as ações, foi formado um comando local de greve composto pela diretoria da seção sindical, conselho de representantes e a comissão de mobilização da campanha salarial.
Em nota, a Reitoria da UnB expressou respeito ao movimento de paralisação dos professores, reconhecendo o direito constitucional à greve. A instituição afirmou acompanhar as reivindicações dos docentes junto ao governo federal e ressaltou a importância do papel desempenhado pelos professores e servidores técnicos-administrativos.
A mobilização dos docentes na UnB faz parte de um movimento nacional que tem se ampliado para outras instituições federais de ensino em todo o país. Além de universidades como a UFRGS e a UFPel, professores de diversos institutos federais também têm aderido às greves. O Ministério da Educação (MEC) mencionou estar empenhado em buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, destacando o reajuste concedido pelo governo federal aos servidores públicos no ano anterior.
Com a intensificação das negociações e mobilizações, a greve nacional unificada dos docentes das instituições federais se firma como uma poderosa ferramenta de pressão para a conquista de melhores condições de trabalho e salários dignos. A expectativa é de que essas ações resultem em avanços significativos para toda a categoria docente no país.