Senado presta homenagem a Ziraldo e aprova voto de pesar pela morte do renomado escritor, cartunista e chargista

Na tarde desta segunda-feira (8), o Plenário do Senado prestou uma emocionante homenagem ao renomado cartunista, chargista, pintor, humorista e escritor Ziraldo, que faleceu aos 91 anos no último sábado (6). Durante a sessão, os senadores, sensibilizados pela perda do artista, observaram um minuto de silêncio e aprovaram um voto de pesar proposto pelo senador Paulo Paim (PT-RS).

Paim, ao discursar na Tribuna, ressaltou a incrível contribuição de Ziraldo para a cultura brasileira, mencionando que o artista criou mais de 80 personagens, incluindo o icônico Menino Maluquinho, que se tornou um fenômeno editorial com a venda de aproximadamente 4 milhões de cópias. O senador destacou a obra de Ziraldo como sendo repleta de alegria, criatividade e imaginação, além de salientar a versatilidade do escritor como desenhista, cronista e dramaturgo, cujas obras são reconhecidas em diversos países.

Ao relembrar a trajetória de Ziraldo desde sua cidade natal, Caratinga (MG), até a consagração nacional com a revista Turma do Pererê, Paim enfatizou os prêmios recebidos pelo escritor e sua corajosa postura política, marcada por sua ligação com movimentos de esquerda, apesar das perseguições ocorridas durante a ditadura militar. Outros senadores também se pronunciaram, como Chico Rodrigues (PSB-RR) e Jorge Kajuru (PSB-GO), enaltecendo a diversidade de talentos e a importância de Ziraldo como ícone da cultura brasileira.

Ziraldo Alves Pinto, nascido em 1932, foi um artista multifacetado, conhecido por sua atuação como cartunista, chargista, escritor infantil e jornalista. Sua marcante carreira inclui a criação da Turma do Pererê e do Menino Maluquinho, personagens que transcenderam os livros, chegando aos palcos e telas de cinema. Além disso, Ziraldo foi um dos fundadores do insurgente tabloide Pasquim, que desafiou abertamente a ditadura militar, resultando em sua prisão devido às suas posições políticas.

Em meio à tristeza pela perda de um grande talento, os senadores reconheceram Ziraldo como um imortal da cultura brasileira, deixando um legado inestimável de alegria, criatividade e engajamento. Sua influência continuará sendo sentida por gerações, ecoando um brado contra a opressão e em prol da liberdade de expressão. Ziraldo, seu nome e sua obra permanecerão vivos nas mentes e corações dos admiradores, inspirando novas gerações de artistas a seguir seu exemplo de coragem e autenticidade.

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