Até o momento, o julgamento está empatado em 1 a 1. Nas sessões anteriores, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza votou contra a cassação, enquanto o desembargador José Rodrigo Sade se manifestou a favor da medida. As duas ações em análise acusam Moro de abuso de poder econômico por supostos gastos irregulares durante a pré-campanha das eleições de 2022.
De acordo com as acusações feitas pelo PT, o PL e Ministério Público Eleitoral (MPE), Moro teria realizado gastos excessivos e irregulares durante sua pré-candidatura à Presidência da República em 2021, quando ainda estava filiado ao Podemos. Os valores questionados chegam a R$ 30 milhões, com o MPE apontando gastos de R$ 2 milhões, o PL de R$ 7 milhões e o PT de R$ 21 milhões.
A defesa de Moro alega que não houve irregularidades na pré-campanha e que o senador não foi eleito no Paraná devido às acusações de pré-campanha “mais robusta”. O advogado Gustavo Guedes argumenta que os gastos questionados foram feitos com recursos do Fundo Partidário e eram legais.
A decisão do TRE do Paraná é aguardada com grande expectativa, pois poderá influenciar significativamente o cenário político do estado e do país. A possibilidade de cassação do mandato de um ex-juiz conhecido nacionalmente como Sergio Moro levanta diversas discussões sobre a ética e a legalidade nas eleições e na atuação dos políticos. A sociedade está atenta aos desdobramentos desse julgamento, que certamente terá impacto no futuro político do Brasil.
