O enredo aborda a figura de Malunguinho, líder do quilombo do Catucá, em Pernambuco, que foi duramente perseguido por seus atos libertários. Ao se refugiar na mata, Malunguinho aprendeu com os indígenas o segredo das ervas, tornando-se um mensageiro de três mundos: Mata, Jurema e Encruzilhada. Essa história de resistência e conhecimento ancestral promete emocionar o público e mostrar a força da cultura afro-indígena.
O carnavalesco Tarcísio Zanon, responsável pelo enredo, destacou a importância de trazer à tona personagens históricos pouco conhecidos e de fazer uma reparação histórica através do carnaval. Ele explicou que a escolha desse tema faz parte de um esforço da Viradouro em resgatar figuras importantes da história brasileira e reorganizar o imaginário popular.
Além da Unidos do Viradouro, outras escolas de samba do carnaval carioca também já definiram seus enredos para 2025. A Paraíso do Tuiuti vai contar a história de Xica Manicongo, considerada a primeira travesti do Brasil, enquanto a Portela homenageará o cantor e compositor Milton Nascimento. Já a Unidos da Tijuca abordará a figura de Logunedé, a Imperatriz Leopoldinense contará a história da ida de Oxalá ao reino de Oyó para visitar Xangô, a Acadêmicos do Grande Rio falará sobre o estado do Pará, e a Beija-Flor de Nilópolis prestará uma homenagem a Laíla, carnavalesco e diretor de carnaval.