Embora a ideia de competições puramente amadoras tenha sido deixada para trás há tempos nas Olimpíadas modernas, com os atletas recebendo apoio de patrocinadores e a presença de atletas profissionais há anos, a iniciativa da World Athletics representa uma mudança significativa. O presidente da organização, Sebastian Coe, ressaltou que a decisão não foi discutida com o Comitê Olímpico Internacional, mas que a entidade foi informada pouco antes do anúncio do prêmio total de 2,4 milhões de dólares (R$ 12,2 milhões).
Em suas declarações aos repórteres, Coe destacou a importância de retribuir parte da receita gerada pelos atletas diretamente a eles, reconhecendo o esforço e comprometimento necessários para representar seus países nos Jogos Olímpicos. Por outro lado, o COI salientou que cabe a cada Federação Internacional e Comitê Olímpico Nacional determinar a melhor forma de atender seus atletas e desenvolver seus esportes, reforçando o compromisso em redistribuir 90% de toda a receita para benefício das organizações esportivas em todo o mundo.
Os Jogos de Tóquio contaram com um investimento total de 540 milhões de dólares (R$ 2,7 bilhões) destinados aos 28 esportes participantes, sendo que a World Athletics foi a organização que recebeu a maior parte do montante, com 40 milhões de dólares (R$ 243,4 milhões). Além disso, os medalhistas de prata e bronze no atletismo também serão premiados a partir dos Jogos de Los Angeles em 2028, aumentando o reconhecimento e incentivo aos atletas desta modalidade.
A iniciativa da World Athletics de premiar os campeões olímpicos em dinheiro representa um marco importante no mundo esportivo, sendo uma forma de valorizar o esforço e dedicação dos atletas que se empenham em representar seus países nos maiores eventos esportivos do planeta.