Comissão da Câmara decide sobre manutenção da prisão de Chiquinho Brazão acusado de mandar matar Marielle Franco

Na manhã desta quarta-feira, dia 10 de abril de 2024, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados se reuniu para examinar a continuidade da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão, representante do estado do Rio de Janeiro. A reunião aconteceu no plenário 1 e contou com a presença de parlamentares e membros da imprensa.

Chiquinho Brazão, que foi recentemente expulso do partido União Brasil, está detido desde o último dia 23. As acusações que pesam sobre ele são graves, sendo apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, do Psol, e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. Na época do crime, Brazão ocupava o cargo de vereador na capital fluminense.

O relator do caso, o deputado Darci de Matos (PSD-SC), emitiu seu parecer a favor da manutenção da prisão de Chiquinho Brazão. Segundo Matos, a prisão preventiva do deputado foi decretada devido a atos de obstrução à justiça, que ainda continuavam ocorrendo. Entre esses atos estariam o comprometimento de operações policiais relacionadas ao caso e a manipulação de imagens de circuito fechado que poderiam ajudar nas investigações.

Durante a reunião, Chiquinho Brazão teve a oportunidade de se defender por videoconferência, alegando que os debates que teve com Marielle na Câmara Municipal do Rio de Janeiro não poderiam ser usados como motivo para incriminá-lo pelo assassinato. Ele afirmou que estava lutando pela aprovação de um projeto de lei sobre condomínios irregulares na época dos fatos.

Após a leitura do parecer, um pedido de vista coletivo adiou a votação para esta semana. Os próximos passos incluem a votação do parecer pela CCJ e a análise da prisão de Brazão pelo Plenário da Câmara, que terá a palavra final em uma votação aberta e nominal, necessitando de maioria absoluta para decidir sobre o futuro do deputado. A sociedade aguarda ansiosamente por desdobramentos nesse caso que chocou o país.

Por: Redação.

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