Em sua abertura, o senador Romário expressou a necessidade de “colocar tudo a limpo” e desvendar as possíveis manipulações que têm assolado o cenário esportivo nacional. Segundo ele, a intenção é investigar os responsáveis por tais práticas e elucidar os mecanismos envolvidos nesse processo obscuro.
A CPI terá um prazo de 180 dias para apresentar um relatório conclusivo acerca das investigações realizadas. As reuniões foram agendadas para as segundas e quartas-feiras, com a primeira delas marcada para o próximo dia 17, na qual será votado o plano de trabalho da comissão.
O senador Kajuru indicou que o presidente do Botafogo, John Textor, poderá ser o primeiro convocado a prestar esclarecimentos à CPI, devido às acusações de manipulação de jogos que ele tem feito. A expectativa é grande quanto às provas que Textor possa apresentar e ao impacto que sua participação terá no desenrolar das investigações.
A criação da CPI das Apostas Esportivas foi justificada pelo perigo que as apostas de grande monta representam para a integridade dos jogos no Brasil, podendo influenciar jogadores e dirigentes. Entre as bases da investigação está o relatório da empresa SportRadar, que apontou 109 partidas do futebol brasileiro com suspeitas de manipulação em 2023, cujo acesso será crucial para as investigações.
Além disso, o senador Girão, vice-presidente da CPI e ex-presidente do Fortaleza, ressaltou a gravidade da situação e defendeu que, se comprovada a participação de algum indivíduo em casos de manipulação, este deverá ser banido definitivamente do universo esportivo. Com um amplo espectro de investigações e testemunhas de peso, a CPI das Apostas Esportivas promete revelar fatos impactantes e combater as práticas ilícitas que vêm ofuscando a transparência e a integridade do futebol brasileiro.