Monitoramento de branqueamento de corais em Alagoas preocupa autoridades ambientais e setor de turismo costeiro.

O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, em parceria com a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), está realizando um monitoramento constante do branqueamento de corais na costa alagoana. Esse fenômeno é extremamente prejudicial para o ecossistema marinho, podendo impactar não apenas a biodiversidade, mas também a atividade turística dos municípios costeiros.

O branqueamento dos corais ocorre quando eles perdem as algas simbióticas que vivem em sua estrutura, resultando em uma coloração branca e deixando os corais mais vulneráveis a doenças e à fome. Esse processo é desencadeado pelo aumento da temperatura da água do mar, um fenômeno cada vez mais comum devido às mudanças climáticas globais.

Durante uma expedição realizada na Piscina do Amor, na enseada de Pajuçara, o Instituto do Meio Ambiente identificou uma alta incidência de branqueamento de corais na região. Segundo Juliano Fritscher, consultor ambiental do IMA, todas as espécies de corais estão sendo afetadas, com as mais próximas à superfície sendo as mais impactadas.

Além dos danos ambientais, o branqueamento de corais também pode ter repercussões econômicas negativas, afetando diretamente o turismo na região. A morte dos corais prejudica a qualidade da água e a beleza natural, comprometendo as atividades de observação de fauna marinha e mergulho, que são atrativos turísticos fundamentais para os municípios costeiros.

Para lidar com essa situação, a Setur e o IMA estão trabalhando em conjunto com a Biofábrica de Corais, uma startup de biotecnologia voltada para a restauração de ecossistemas recifais. O objetivo é desenvolver estratégias para mitigar o avanço do branqueamento dos corais e preservar a rica diversidade marinha da região da Costa dos Corais.

A Superintendente de Prospecção de Negócios Turísticos da Setur, Selefe Gomes, enfatizou a importância do turismo sustentável e regenerativo, ressaltando a necessidade de preservar os atrativos naturais para garantir a continuidade do setor turístico. O CEO da Biofábrica dos Corais, Rudã Fernandes, alertou para a gravidade do evento, que já resultou em altas taxas de mortalidade de corais em anos anteriores.

Diante desse cenário, a atuação conjunta entre órgãos ambientais, governamentais e instituições especializadas se faz necessária para proteger os corais e garantir a sustentabilidade do turismo na região. A conscientização e ações efetivas são fundamentais para preservar esse patrimônio natural e econômico tão importante para Alagoas.

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