Um dos principais pontos levantados na ação foi o possível conflito de interesses de Pietro Mendes, uma vez que ele também ocupava o cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. Além disso, a não observância da Lei das Estatais, a ausência de uma lista tríplice para a escolha do cargo e a falta de contratação de uma empresa especializada para a seleção foram mencionadas como fundamentos para o afastamento.
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que um conselheiro da Petrobras é afastado judicialmente. Na semana passada, Sergio Machado Rezende, indicado pelo governo federal, também foi afastado por descumprir regras estabelecidas na Lei das Estatais. Rezende, que já foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia durante os primeiros mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não respeitou a exigência de apresentação de uma lista tríplice na indicação e não cumpriu o período de quarentena de 36 meses após atuar no diretório nacional do PSB.
A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria da Petrobras para obter um posicionamento oficial da empresa em relação a essa nova decisão judicial, e aguarda um retorno da empresa. A situação envolvendo os afastamentos dos conselheiros do órgão de administração da estatal tem gerado repercussão no cenário político e econômico do país, colocando em foco a necessidade de transparência e accountability das empresas estatais.