Presidente do Conselho de Administração da Petrobras é afastado por liminar da Justiça Federal de São Paulo em meio a polêmicas.

O presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, foi afastado de suas funções por uma liminar expedida pela Justiça Federal de São Paulo nesta quinta-feira (11). A decisão foi tomada pelo juiz Paulo Cezar Neves Junior, em resposta a uma ação movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira, do partido Novo-SP, que argumentou que Mendes ocupava o cargo de forma ilegal.

Um dos principais pontos levantados na ação foi o possível conflito de interesses de Pietro Mendes, uma vez que ele também ocupava o cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. Além disso, a não observância da Lei das Estatais, a ausência de uma lista tríplice para a escolha do cargo e a falta de contratação de uma empresa especializada para a seleção foram mencionadas como fundamentos para o afastamento.

Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que um conselheiro da Petrobras é afastado judicialmente. Na semana passada, Sergio Machado Rezende, indicado pelo governo federal, também foi afastado por descumprir regras estabelecidas na Lei das Estatais. Rezende, que já foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia durante os primeiros mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não respeitou a exigência de apresentação de uma lista tríplice na indicação e não cumpriu o período de quarentena de 36 meses após atuar no diretório nacional do PSB.

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria da Petrobras para obter um posicionamento oficial da empresa em relação a essa nova decisão judicial, e aguarda um retorno da empresa. A situação envolvendo os afastamentos dos conselheiros do órgão de administração da estatal tem gerado repercussão no cenário político e econômico do país, colocando em foco a necessidade de transparência e accountability das empresas estatais.

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