Projeto de renegociação das dívidas estaduais deve incluir investimentos em infraestrutura, defende presidente do Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta quinta-feira (11) que o projeto de lei de renegociação das dívidas estaduais deve contemplar não apenas vagas em ensino técnico, mas também projetos de infraestrutura como contrapartida para a redução dos juros. Durante uma reunião com representantes do governo de Minas Gerais, Pacheco ressaltou a importância de dar mais flexibilidade aos estados na escolha dos tipos de investimento que desejam realizar em troca de melhores condições de pagamento de seus débitos.

O presidente do Senado defendeu a necessidade de permitir que as contrapartidas exigidas pela União sejam mais flexíveis, de modo a beneficiar diretamente a sociedade. Ele destacou a importância de considerar as particularidades de cada estado, permitindo investimentos em áreas já consolidadas e promovendo um desenvolvimento equilibrado.

Além disso, Pacheco sugeriu que a entrega de ativos estaduais, como ações de estatais locais, para amortizar a dívida com a União possa ser contada em dobro para efeito de desconto. Ele também propôs que a renegociação das dívidas dos estados siga o modelo do Programa de Recuperação Fiscal (Refis), oferecendo descontos progressivos para os pagamentos realizados em menor prazo.

O objetivo do projeto de renegociação das dívidas estaduais é garantir um equilíbrio entre os interesses dos estados e da União, sem comprometer as finanças do governo central. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pretende enviar o projeto ao Congresso no final do mês, após retornar de uma viagem aos Estados Unidos. A proposta deve ser discutida à luz da necessidade de promover um desenvolvimento econômico sustentável, garantindo um ambiente favorável para investimentos em diferentes setores.

Em resumo, a renegociação das dívidas estaduais se mostra como uma oportunidade para redefinir as relações financeiras entre os entes federativos e a União, promovendo um cenário mais equilibrado e favorável ao desenvolvimento regional. A flexibilização das contrapartidas e a busca por soluções criativas são fundamentais para garantir um acordo justo e benéfico para todas as partes envolvidas.

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