CGT convoca greve geral contra ajuste fiscal de presidente ultraliberal na Argentina: segunda paralisação desde posse em 2023

A Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal central sindical da Argentina, anunciou na última quinta-feira (11) que irá realizar uma greve geral em protesto contra as medidas de ajuste fiscal implementadas pelo presidente ultraliberal do país, Javier Milei. A paralisação está agendada para o dia 9 de maio e, de acordo com a CGT, também haverá uma mobilização no dia 1º de maio em comemoração ao Dia do Trabalho.

Esta será a segunda greve realizada no país desde que Milei assumiu a presidência, em dezembro de 2023. Os sindicatos se posicionam contrários aos cortes de gastos públicos propostos pelo governo atual e à intenção do presidente de promover uma reforma trabalhista. Enquanto isso, o governo argumenta que o ajuste é necessário para reorganizar as finanças públicas de uma nação que enfrenta déficits fiscais por anos, além de possuir uma grande dívida, como é o caso da que mantém com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de US$ 44 bilhões.

Milei, que agitou o cenário político argentino no ano passado ao derrotar o governo peronista de seu antecessor, tem como meta eliminar o déficit fiscal ainda em 2024. Especialistas apontam que esta estratégia visa a redução da inflação, mesmo que a diminuição dos subsídios estatais e os cortes de gastos possam provocar um aumento nos níveis de pobreza da população.

O clima de tensão política e social na Argentina permanece elevado diante dessas medidas do governo, que encontram resistência por parte dos sindicatos e da CGT. É importante ressaltar que a greve geral planejada pela confederação sindical é uma demonstração do descontentamento e da insatisfação de parcelas significativas da população argentina com as políticas adotadas pelo atual governo de Javier Milei.

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