Salão do Automóvel voltará a ser realizado, afirma presidente da Anfavea, sem data e local confirmados, atendendo a cobrança de Lula.

O presidente da Associação Nacional de Veículos Automotores, Mário de Lima Leite, anunciou em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (12) que o tão aguardado Salão do Automóvel está programado para retornar em breve. Esta notícia vem após a última edição do evento ter ocorrido em 2018, em São Paulo, sem uma continuação nos anos seguintes. Até o momento, no entanto, a data e o local para a realização do salão ainda não foram confirmados.

Lima explicou que a decisão de reviver o Salão do Automóvel foi uma demanda feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de inauguração da nova sede da Anfavea, que ocorreu na noite do mesmo dia. Ele declarou que estão sendo avaliadas questões relacionadas ao espaço e logística do evento, mas que a realização é certa. Segundo o presidente da Anfavea, é importante expor as tecnologias do setor automotivo tanto para os consumidores quanto para o cenário internacional.

Além disso, Lima abordou a questão dos elevados preços dos carros nacionais, atribuindo-os ao aumento das taxas de juros nos últimos anos. Ele mencionou que a indústria automobilística pretende aumentar a produção para auxiliar na redução dos preços dos veículos. O presidente destacou a importância de tornar os automóveis mais acessíveis aos consumidores brasileiros, citando o exemplo de um carro popular da gestão do presidente Itamar Franco, que, ajustado à inflação, teria hoje um valor acima de R$ 80 mil.

Em relação aos investimentos no setor automotivo, Lima revelou que a Anfavea já tem um ciclo de investimentos em andamento desde o ano passado, que ultrapassa os R$ 123 bilhões, excluindo os investimentos da cadeia de autopeças. Novos aportes de fabricantes foram anunciados recentemente, sinalizando um cenário de crescimento e desenvolvimento para a indústria automobilística nos próximos anos. A expectativa da Anfavea é atingir a marca de três milhões de unidades vendidas no mercado interno nos próximos dois anos.

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