Dólar atinge maior valor em mais de um ano e bolsa de valores tem quarto recuo consecutivo, refletindo tensões domésticas e externas

Nesta segunda-feira, o mercado financeiro brasileiro foi marcado por um clima de tensão tanto no cenário doméstico quanto no externo, refletindo diretamente nos índices de câmbio e na bolsa de valores. O dólar comercial fechou o dia próximo a R$ 5,19, atingindo o maior nível em mais de um ano. Com um aumento de R$ 0,064 (+1,24%), a moeda norte-americana operou em alta ao longo de toda a sessão, chegando a se aproximar de R$ 5,21 no auge do dia.

Essa cotação representa um aumento de 6,85% no dólar em relação ao real em 2024, sendo o maior valor desde março do ano passado. Enquanto isso, a bolsa de valores também foi impactada, com o índice Ibovespa, da B3, fechando em 125.334 pontos, registrando uma queda de quase 0,5% e marcando o quarto recuo consecutivo. Com uma queda de 6,6% no ano, o indicador atingiu o menor nível desde novembro de 2023.

As tensões no mercado financeiro foram influenciadas por fatores internos, como a mudança da meta fiscal para 2025 com a manutenção do déficit primário zero, o que não agradou os investidores. Além disso, fatores externos também contribuíram para a turbulência, como o agravamento das tensões entre Irã e Israel e o aceleramento da economia norte-americana.

No cenário internacional, as vendas no varejo nos Estados Unidos superaram as expectativas em março, o que reduziu a possibilidade de o Federal Reserve começar a reduzir os juros em julho. Esse cenário de taxas altas em economias avançadas estimula a fuga de capitais de países emergentes, como é o caso do Brasil. A cotação do barril do petróleo do tipo Brent também teve um movimento de queda, chegando a US$ 90,21.

Em meio a essas incertezas e volatilidades nos mercados, os investidores estão atentos aos próximos desdobramentos e à possibilidade de novas decisões políticas e econômicas que possam impactar diretamente o cenário financeiro nacional e internacional.

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