Presidente veta trecho de projeto e AGU e MJ pedem critérios para saídas temporárias de presos em regime semiaberto ao CNJ

A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) solicitaram ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que defina critérios para a concessão de saídas temporárias a presos em regime semiaberto. O pedido foi feito após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetar um trecho do projeto de lei que impedia a saída temporária para presos que já tinham o direito de visitar suas famílias.

De acordo com os órgãos, o veto presidencial tornou necessária a definição de critérios pelo CNJ para evitar divergências judiciais sobre a aplicação da lei. A norma aprovada pelo Congresso Nacional revogou o artigo 124 da Lei de Execuções Penais, que estabelecia condições para a saída temporária, como prazo máximo e periodicidade, recolhimento noturno e proibição de frequentar determinados locais.

Além disso, a AGU e o MJSP também solicitaram ao CNJ medidas para uniformizar os critérios de realização de exames criminológicos, conforme previsto em outro trecho da lei. Lula manteve no projeto o ponto que proíbe saídas temporárias para condenados por crimes hediondos e violentos, como estupro, homicídio e tráfico de drogas.

A parte vetada do projeto será reavaliada pelo Congresso, que poderá derrubar o veto presidencial. A definição de critérios para saídas temporárias visa garantir a segurança da sociedade e a correta aplicação da lei, evitando interpretações diversas no sistema judicial. A regulamentação desses benefícios é fundamental para garantir a ressocialização dos presos de forma responsável e segura.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo